Passei a vida na espertalhice
De captar em um Rosa
Ou na beira de Clarice
Um sentido metafísico
Que desse ao corpo o que existisse
Um livro que lido inteiro
Valesse por uma missa
Alçava a mim por preguiça
À mira dos altos abismos
A ver que dava sentido
à vida que se levava
Se no enlevo do corpo
Algo sublevasse
— Nos livros, na música, arte —
Às transparências do nada.